Com a idéia de atender à demanda potencial de muitos alunos do Brasil e demais nações integrantes das Comunidades de Países de Língua Portuguesa, M. A. Varejão Silva, engenheiro agrônomo lança esta obra em formato digital. Com a justificativa de que é reconhecidamente difícil o acesso à bibliografia básica em português, tanto em Meteorologia quanto em Climatologia. A única motivação queo incentivou foi tornar mais fácil a árdua atividade inerente à aquisição de conhecimentos por estudantes. A recompensa é a convicção que alguns deles encontraram aqui, gratuitamente, resposta para suas dúvidas mais simples.
A problemática ambiental ou ecológica perpassa toda a geografia: desde seus primórdios, uma de suas mais importantes “razões de ser”, a nível cientifico, é de analisar as relações sociedade-natureza, embora na prática essa promessa epistemológica tenha sempre ficado em segundo plano face à especialização de cada modalidade do discurso geográfico: climatologia, geomorfologia, geografia agrária, geografia da população etc. Não pretendi nenhuma busca nostálgica da “unidade perdida”, hoje tão na moda em alguns círculos “marxistas” dogmáticos no interior da corporação dos geógrafos, mas demonstrar a dimensão civilizatória dessa problemática ao deixar de lado a leitura obtusa centrada nos modos de produção para, recuperar o espírito terricida da modernidade.
Compreender a questão agrária sob o modo capitalista de produção sempre foi tarefa difícil e complicada. Não porque muitos autores não a tenham praticamente esgotada, mas porque os estudos mais trazem discordâncias do que convergência. Por isso, esta temática cria atritos entre os conservadores e os progressistas, entre os socialistas e os comunistas, e entre todos eles e os anarquistas. Não há possibilidade nenhuma de consenso ou mesmo de aproximações. Sempre haverá pressupostos que se interporão abrindo espaço para a polêmica e discussões. Não há como encerrá-la no mundo político, ideológico ou teórico, pois sempre haverá um novo texto para reavivá-la, ou mesmo, o devir da história para (re) ou propô-la. [...]
São Paulo, no final do ano de 2007.
Ariovaldo Umbelino de Oliveira
Por: Marcus Antonio (mmatrix5@hotmail.com)
Cientista e cidadão do mundo, o pernambucano Josué de Castro foi um pioneiro em seu tempo, lutando contra o tabu dos meios acadêmicos com seus estudos e seu combate à fome. Autor dos clássicos Geopolítica da Fome, Geografia da Fome e Homens e Caranguejos, ele é lembrado na passagem dos 30 anos de sua morte com a Semana Josué de Castro, que tem início hoje na Fundação Joaquim Nabuco. Embora a fome e a miséria nunca tenham sido erradicadas no Brasil, como pretende agora o presidente Lula, o que dá à obra de Josué de Castro uma cruel atualidade, suas obras durante muito tempo eram raras de ser encontradas e circulava em meios restritos, sendo praticamente banida nos anos da ditadura militar instaurada em 1964. O assunto deste livro é bastante delicado e perigoso. A tal ponto delicado e perigoso que se constituiu num dos tabus de nossa civilização. É realmente estranho, chocante o fato de que, num mundo como o nosso, caracterizado por tão excessiva capacidade de escrever-se e publicar-se, haja até hoje tão pouca coisa escrita acerca do fenômeno da fome, em suas diferentes manifestações.
A obra “Ecoturismo: uma indústria sem chaminé”, de Paola Verri de Santana, que por ora é apresentada ao público em edição de livro eletrônico é uma reprodução quase integral da sua dissertação de mestrado (foram feitas pequenas alterações), realizado no Departamento de Geografia da Universidade de São Paulo, defendida em setembro de 1998.
O trabalho traz notórias contribuições para o debate da Geografia e os estudos do espaço, sobretudo porque trata de uma temática atual e sob uma perspectiva teórico metodológica capaz de revelar os processos e elementos complexos articulados contraditoriamente na produção capitalista do espaço, num movimento que aponta – e insere o seu objeto de estudo – para a totalidade dos fenômenos e processos sócio-espaciais constitutivos da modernidade em seu estágio atual. Nesse sentido é um trabalho que não se prende e nem sem fecha sobre a sua problemática – isolando-a e fragmentando-a -, mas busca desvendar os liames do seu objeto de estudo (o ecoturismo) com o movimento maior – e que lhe confere significação – da reprodução das relações de produção.
O trabalho traz notórias contribuições para o debate da Geografia e os estudos do espaço, sobretudo porque trata de uma temática atual e sob uma perspectiva teórico metodológica capaz de revelar os processos e elementos complexos articulados contraditoriamente na produção capitalista do espaço, num movimento que aponta – e insere o seu objeto de estudo – para a totalidade dos fenômenos e processos sócio-espaciais constitutivos da modernidade em seu estágio atual. Nesse sentido é um trabalho que não se prende e nem sem fecha sobre a sua problemática – isolando-a e fragmentando-a -, mas busca desvendar os liames do seu objeto de estudo (o ecoturismo) com o movimento maior – e que lhe confere significação – da reprodução das relações de produção.
O link para o download deste livro foi retirado do bloghttp://www.geoconservacao.blogspot.com/ que é um Blog destinado à divulgação e promoção do trinômio “Geodiversidade, Geoconservação e Geoturismo”. É bem interessante, vale a pena conferir.